Aprender ao ar livre: saindo da "caixa ideológica"

Hoje gostaria de falar sobre a importância de sair de dentro de nossos espaços e respirar ar puro. É essencial estarmos em contato com o ambiente externo. Infelizmente não respiramos o ar tão puro, mas olhar para o alto, para árvores, flores, pessoas...isso faz muito bem para o corpo e para a mente.
Vivemos na correria diária e nunca paramos para ver o que há ao nosso redor, além da selva de pedra. Mas há. E precisamos desfrutar disso.




Gosto de um grande estudioso da Educação chamado Célestin Freinet. Foi um educador francês que colocou em prática, mesmo contra muitos, sua verdadeira visão de educação. Ele acreditava na cooperação, no respeito e debate de opiniões, de espaços conquistados e trabalhados em grupo ou individualmente. Via crianças e adultos em igualdade, no processo de aprendizagem; não trabalhava com hierarquia opressora, onde professores consideram-se mais inteligentes, mais sábios, mais distantes dos alunos. Defendia a disciplina e a organização em aula, mas com reflexão e discussão de regras, de forma que aqueles que aprendem, entendam o porquê da necessidade de certas atitudes. E funcionou.

Suas aulas eram diferenciadas. Incentivava os alunos a aulas fora da sala. A aprendizagem pode ocorrer em qualquer lugar. Instigava os alunos a aguçarem sua curiosidade, a buscarem respostas a suas dúvidas em contato com a vida.

Muitos educadores aprendem sobre isso e continuam agindo como séculos atrás, acreditando ser muito trabalhoso fazer algo diferente com seus alunos. E vamos cumprir os prazos, vamos terminar os livros e apostilas, vamos fazer com que os alunos consigam  suas notas. Vamos criar gerações de pessoas que não saberão pensar, não terão vivido sua infância e juventude com alegria, com frescor.

Nossas crianças hoje vivem dentro de um caixote idealizado como formato de nossa sociedade atual. Vivem presos no mundo virtual, não correm mais, não sabem o que é brincar na rua, ter amigos, fazer travessuras ingênuas. Estão perdendo a cada dia a oportunidade de serem adultos mais felizes.

Conceitos errôneos, de famílias e escolas desconexas com a realidade. Escrevo este texto com tristeza, pois é uma realidade difícil de mudar. Alguns querem mudar, mas muitos não querem.

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